sábado, 26 de dezembro de 2009

...E os sonhos que viraram medo...




Sinto falta de alguém que ainda nem se foi. Ele irá? Será?
Amo tanto. TUDO.TODO.VOCÊ!
O tempo deveria parar... e eu...deveria morrer.
Até mesmo as pequenas[principalmente elas] coisas podem rasgar-te. Rasgar-me
impressionantemente. Ai vem ele, o medo. Não somos mais permitidos a lamentar...
Sangro por dentro todas as vezes em que...Detalhes. Para alguns apenas isso...para mim:____________________. É tudo que se confirma.
Me furam. As palavras de quem tem o que posso dar de melhor à alguém podem me causar.
A possibilidade de que aconteça algo ruim anda me impedindo de começar a lutar para que não aconteça.
Sempre impediu? Desisto de mim mesma antes mesmo de procurar-me.
Resta aceitar, mas quem realmente aceita? Mais que uma marca no corpo, uma marca na alma. Que te corta, te fere, te mata e faz viver.
Quem é que se interessa por isso tudo? Estou afundando. Morrendo. Alguém veio? Já me salvaram? Eu me salvei?.....
As palavras não substituem o verdadeiro sentimento, no entanto...

Todos os dias algo de mim se perde.
Ver não é sentir. Contentar-se não é viver.

Ainda vivo...
...É uma pena...



.

...





Já posso sentí-la. Esta me chamando. Chegando. Só resta saber se virá sozinha ou se terei que buscá-la.












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sábado, 12 de dezembro de 2009

Ao nada. À mim. Ao meu.






Movimentação- movimenta- ação
Nunca pensei que seria tão importante. Como você lida com um problema?
Derrepente estou aqui. Imóvel. Parada. Sem nada.

Tudo o que se mais quer na verdade não é nada daquilo.
Não. Não sabe.
Fiquei olhando por muito tempo. Esperei, ali, sentada. O que acontece? não sei...
As lágrimas finalmente caíram. Caíram dos olhos como qualquer coisa que rola por um precipício em direção à morte. Ao fim. Ao nada. O meu.
O que sou é o que você vê? O que não pode ser visto arruma sempre um jeito de se mostrar.
...Está cortando por dentro. Eu fiquei enquanto ela passa. Está passando agora...
Não a quero mais. Estou desejando conhecer o que ninguém conhece, pelo menos até...


Definição de Coragem- energia moral ante situações aflitivas ou difíceis.

Não é um verbo. Não é ação. Quem disse foi o português? As leis humanas...
Para quê parar de respirar, se já não se vive em vida?

Definição de covardia-1.medroso, poltrão. 2. fraco de ânimo, pusilânime. 3. Desleal, traiçoeiro.

Respiro corpo. Sei que vivo porque me movo. Algo me impede. Então como estou?
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domingo, 6 de dezembro de 2009

Por todas as vezes...


Por todas as vezes que sua mão segurou forte na minha, por todas as palavras que faltaram, por todas as vezes que chorei

Eu te amo

Por todos os beijos que vieram no momento certo, por todas as lágrimas que você enxugou e por todas aquelas que provocou

Eu te amo

Por todas as vezes que perdi a vida e você me ofereceu a sua, pelas vezes que me deu suas pernas quando não podia andar, por todos os abraços que ganhei

Eu te amo

Por todas as vezes que você riu de mim, pelas vezes que rimos juntos, por todos os segredos que foram ditos e pelos que foram sentidos

Eu te amo

Por todo sofrimento que passamos, por todo o perdão que pedimos e por todas as vezes que me protegeu

Eu te amo

Por todas as vezes que ouvi seus conselhos, pelas vezes que confiou em mim, por todos os sonhos divididos

Eu te amo

Por todas as vezes que seus olhos olharam os meus, por todos os deslizes que cometemos, por todos os momentos que você me repreendeu

Eu te amo

Por tudo que você é,
Por tudo o que significa,
Por tudo que somos,
Eu te amo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

... E as dores que viraram palavras....



É dor.
Decididamente é.
E começa pelos olhos.
Sem aviso eles crescem e se dilatam como um balão que incha ao receber água, ou como uma flor, que desabrocha pela manhã. A diferença é que eles ardem. Mesmo quando piscam... Quase ao mesmo tempo, um peso enorme age por dentro, especialmente no estômago, que parece afundar e se afastar da pele no mesmo instante.
É como se uma esfera de ar estivesse entre eles e fosse crescendo e crescendo na tentativa desesperada de separar os dois. Um grande vazio vai se espalhando pelo resto das vísceras.
A pele perde a cor.
Toda sua extensão é capaz de senti-la despedaçando e escorrendo pelos ossos. É como se você tivesse que sair em um dia chuvoso, mas fosse feito de açúcar. Indefeso, e de pouquinho em pouquinho, todo seu corpo vai se diluindo e sendo levado pelas gotas de chuva, que agora doces, terminam de fluir para o chão úmido. Imediatamente seus ouvidos escutam o som límpido dos batimentos do coração. Ele bate e ressoa tão intensamente que se assemelha á uma enorme onda, que carrega tudo que atreve a passar ao seu redor.
Está tão vivo, que por um instante quase se pode medir com precisão suas dimensões.
Não o peso...
Este é impossível de medir. Ao mesmo tempo em que parece pesar toneladas, também parece ser leve o bastante para sair do corpo e bater do lado de fora. Aos poucos você vai perdendo os sentidos. Toda a sua carne se comprime e se expande numa freqüência louca e inconstante, que vai fazendo com que o frio e a sensação de dormência te tomem conta.
Angústia é seu nome nesse momento.
O sangue circula pelo corpo como alguém que corre incessantemente para salvar a vida. A pressão causada nas veias é igual à de uma correnteza contra um único homem.
Inevitavelmente, uma súbita inspirada de ar surge na tentativa em vão de reconcertar o corpo que se despedaça, e um terremoto de vibrações te invade fazendo com que os seus movimentos não sejam mais seus. A mente tenta de todas as formas se despertar do que parece ser um pesadelo sem fim. Conspira sobre tudo o que pode na esperança de devolver a paz e a estabilidade ao corpo.
A verdade nunca foi tão traiçoeira.
Quando seu corpo finalmente te obriga a aceitar,
É onde com certeza, a dor começa.
O silêncio grita.
Como uma mão que possui garras, um vazio entra pelo umbigo e cria um imenso buraco negro que vai te engolindo por dentro. O coração é o primeiro que vai. E ele arde por isso.
Essa mão parece esticar o que ainda resta de você e suga tudo para esse profundo infinito.
Quando não há mais o que puxar de dentro,
Tudo começa a ser puxado de fora.
Você vai diminuindo e se contraindo como um vidro que perde a forma quando queima.
No momento em que só se sente o peso brutal de sua cabeça sendo conduzida lentamente para este interminável abismo, um grito desesperador parece querer sair como um pedido de socorro para quem quer que seja...
Mas nada
Sai pela boca.
Ela abre o suficiente para deixar escapar todos os gritos de sofrimento do mundo, mas é incapaz de fazê-lo. O mundo agora faz parte do seu ser como nunca antes fizera.
Você olha, mas não vê, escuta, mas não ouve, nada além de dor acontece. Seu corpo flutua em meio às suas próprias angústias e incredibilidades. O mundo gira contigo e a dor faz de você um brinquedo.
Quando sua boca já não aquenta mais se expandir e o ar já não pertence a você, este volta com força total para seus pulmões. Quem morre passa a ficar tão vivo dentro de ti que é como se houvesse duas almas para um só corpo.
Você se ergue,
E ao invés de se sentir melhor,
Todo o seu desejo é ser sugado de novo.
Aquela mão surge então em sua garganta. Ela a aperta como uma argila que foge pelos dedos quando esmagada.
ES- MA- GA- DA.
Talvez seja essa a palavra que defina. Um nó parece subir pelo que sobrou da garganta e você percebe que não pode contê-lo. De repente, o nó se desata em formato de lágrima e escorre cuidadosamente sobre o rosto que lamenta. Esta lágrima é quente e espessa. Rola em direção ao queixo e por cada poro que passa, deixa um pouco do que carrega. Quando por acaso chega à boca, você reconhece imediatamente o quão cheia de sentimento está esse fruto da dor.
Sente-se por fim,
O gosto de algo que todos temem um dia sentir.
É gosto de morte que escorre pela face e
Arde feito sal em uma ferida aberta.
Depois da primeira, mil outras lágrimas brotam de ti. Quando chega o momento em que sua carne se esgota, e um ar carregado de aceitação começa a te preencher,
Você para.
Finge se recompor e finge se conformar. Por fora a aparência de equilíbrio esconde o desespero que ainda te fere por dentro. De um modo ou outro, você engole secamente o fato de que não há mais nada a fazer, e de que jamais haverá. Existir nesse momento por si só é uma dor. Então o corpo volta a responder, mas continua explodindo internamente.
Tudo em você consegue mentir, com exceção dos olhos. Estes permanecem perdidos no horizonte, e se encontram longe de tudo que é seu.
E ali eles permanecem... Até que a vontade de dormir venha como um prêmio e os faça fechar para que em um sono sem descanso você penetre...
...E depois desperte.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Tudo que habita em mim... e algumas outras.....



Muitas perguntas... nenhuma resposta.



Neste momento é o que habita em mim. Faz parte de tudo sem querer pertencer a nada.

Quem impôs a regra?
interrogações....
Ao evitar o estranho em mim, caminho em sua direção. O mundo da mente parece ter mais força... mais realidade por um pequeno preço...
Quem é responsavel por medir? é mesmo pequeno, ou grande demais para contar?

È um muro?

Falhar não vale a pena? Um pedaço de papel é realmente capaz de mostrar o quanto pesam as palavras? Até mesmo as palavras sabem o tamanho de seu próprio peso?

Vai ser sempre assim: muitas perguntas e nenhuma resposta? E de novo perguntas....
mais uma!

A pena é um sentimento medíocre... finge ser o que não é. Falar de verdade me confortaria, nem que fosse um começo...Falar dói mais que escrever... é por isso que escrevo! Acostumei-me, temo demais!

Quero sair... mas se descobri-se como, iria querer-lhe?

Tento me salvar de infinitos eus! Sair de mim mesma, e de mim mesma outra vez! Determinar-se passa como um plano fundo em meio ao medo de tentar. Isso impede, estagna. É um medo preguiçoso. Não posso ser eu, ou sou eu essa pessoa? Será que o medo é justamente esse? medo de não ser, melhor ainda, ser exatamente e somente isto?

Não há mais nada? O que sobra? Há algo à fazer?..... Ou deixar de fazer é a solução?




cansei.... chorei........
chorei um eterno choro que nunca se alivia!